Neutrinos
mais rápidos que a luz:
o
mistério está possivelmente perto do fim.
Como
muitos devem estar acompanhando, em Setembro de 2011, na
colaboração OPERA (http://operaweb.lngs.infn.it/?lang=en),
foram observados neutrinos do tipo múon que
supostamente atravessaram a distância de 730 km entre o CERN e o
detetor localizado no
INFN (Gran Sasso Laboratory, Itália), viajando
a velocidades superiores a da velocidade da luz. Nos
meses seguintes houve um derrame de artigos na rede com as mais
diferentes explicações para
esta anomalia. Entretanto, no dia 23 de Fevereiro num “press
release update” do CERN, a colaboração OPERA informou suas
agências de financiamento e laboratórios que identificou dois
possíveis efeitos que podem ter uma influência sobre a sua medida
do tempo de voo do neutrino. Ambos requerem mais testes com um
feixe curto pulsado.
Segundo eles, o primeiro efeito
está relacionado com um oscilador usado para as sincronizações
do GPS. Ele poderia ter levado a uma superestimação do tempo de voo
do neutrino.
O segundo efeito estaria
relacionado ao conector de fibra ótica que traz o sinal externo do
GPS para o relógio mestre do OPERA, que poderia não estar
funcionando corretamente quando as medidas foram tomadas. Se este for
o caso, ele poderia ter levado a uma subestimação do tempo de voo
dos neutrinos.
Se for confirmado, vemos que a
explicação para a anomalia, terá sua origem no complexo e
intrincado equipamento necessário para experiência e não na
existência de um novo fenômeno físico.
Novas medições com pequenos
feixes pulsados, estão agendadas para Maio.