segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012



Neutrinos mais rápidos que a luz: o mistério está possivelmente perto do fim.

Como muitos devem estar acompanhando, em Setembro de 2011, na colaboração OPERA (http://operaweb.lngs.infn.it/?lang=en), foram observados neutrinos do tipo múon que supostamente atravessaram a distância de 730 km entre o CERN e o detetor localizado no INFN (Gran Sasso Laboratory, Itália), viajando a velocidades superiores a da velocidade da luz. Nos meses seguintes houve um derrame de artigos na rede com as mais diferentes explicações para esta anomalia. Entretanto, no dia 23 de Fevereiro num “press release update” do CERN, a colaboração OPERA informou suas agências de financiamento e laboratórios que identificou dois possíveis efeitos que podem ter uma influência sobre a sua medida do tempo de voo do neutrino. Ambos requerem mais testes com um feixe curto pulsado.

Segundo eles, o primeiro efeito está relacionado com um oscilador usado para as sincronizações do GPS. Ele poderia ter levado a uma superestimação do tempo de voo do neutrino.

O segundo efeito estaria relacionado ao conector de fibra ótica que traz o sinal externo do GPS para o relógio mestre do OPERA, que poderia não estar funcionando corretamente quando as medidas foram tomadas. Se este for o caso, ele poderia ter levado a uma subestimação do tempo de voo dos neutrinos.

Se for confirmado, vemos que a explicação para a anomalia, terá sua origem no complexo e intrincado equipamento necessário para experiência e não na existência de um novo fenômeno físico.

Novas medições com pequenos feixes pulsados, estão agendadas para Maio.